23 de abril de 2024
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Casas viraram minicracolândias em Botucatu, diz gestor de combate às drogas

Pelo menos 7 imóveis espalhados pelos bairros de Botucatu (SP) viraram minicracolândias. A afirmação é de Juberto Galdino, gestor do Grupo Reage, que faz um trabalho de prevenção às drogas e que já foi premiado pelo Estado de São Paulo e pelo Brasil.

Juberto diz que só em um ponto, na casa de um usuário da cidade existem 30 pessoas que usam drogas. “Esse rapaz chegou ao cúmulo de vender janelas, portas e até o teto da casa dele. Isso ocorre embaixo do pontilhão (Elevado Bento Natel) à noite, então existem minicracolândias em cada bairro. Para quem é da área conhece isso. Eles ficam pelas comunidades, não ficam perambulando pelo centro igual São Paulo, aqui eles ficam pelos bairros aglomerados – à noite – usando drogas. Não vi nenhum abordamento a essas pessoas ou encaminhamento, mas são pessoas que não querem tratamento. Estamos armando uma estratégia para chegar nesse pessoal. Eles estão invisiveis aqui no centro, mas se for para a periferia você vai ver eles magros e totalmente definhados; são praticamente zumbis. A gente quer ver com as secretarias um projeto para estar encaminhando esse pessoal”, disse o gestor. 

Os pontos citados como lugares como minicracolândias são: Jardim Brasil, CRAS – Centro Regional de Assistência Social Leste, Pontilhão (Elevado Bento Natel), ainda perto da Caixa D´Água da Vila Mariana, acima do shopping em uma rua deserta de terra no acesso ao Santa Elisa – onde ficam 20 usuários, além do trecho perto do Cemitério Jardim – antes de chegar no Sarad em uma casa abandonada. “Já entrei lá e vi umas 20 pessoas”, contou.

Juberto diz que visitou esses vários pontos. “Um amigo me levou para ver esses pontos e são pessoas que não fazem mal para ninguém, não roubam, mas vendem o que tem. Também pedem de casa em casa e pedem comida ou remédio. Não é um mau carater mas um doente. As mentiras que ele fala é para sustentar o vício. É um dependente totalmente escravizado”, cita. “Internamos um rapaz em Buri, mas sem o vínculo familiar ele vai ficar na rua de Botucatu e, sem dinheiro, provavelmente vai roubar”.

O gestor do projeto afirma que avanços estão acontecendo como o Conselho Municipal de Combate às Drogas está para ser criado, buscando tratamento e reinserção social, pleiteando casa de passagem pós tratamento evitando a volta do usuário à rua. Ainda serão realizadas palestras unindo vários órgãos nas escolas sobre prevenção.

Juberto deixou seu contato caso alguém queira procurar ajuda: (14) 99710-6001.

Assim que a entrevista foi concedida com as informações à Rádio Municipalista, a Segurança Municipal pediu para conhecer esses locais. Juberto diz que é preciso um trabalho estratégico para levar essas pessoas ao tratamento.

 

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(do Agência14News)

Redação 14 News

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