29 de março de 2024
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João Cury assume a educação estadual e defende escola que faça sentido ao aluno

Nesta quinta-feira (26), o governador Márcio França oficializou a posse do novo secretário da Educação de São Paulo, João Cury Neto. Advogado especialista em direito tributário, Cury ocupa a vaga deixada por José Renato Nalini, neste mês. A cerimônia, realizada no Palácio dos Bandeirantes, contou com a presença dos demais secretários estaduais e educadores paulistas.

Em seu discurso na cerimônia de posse, João Cury, visando a aprendizagem do corpo discente, foi enfático ao dizer que “para cada reunião, para cada conversa, para cada ato, para cada assinatura, antes, e acima de tudo, sua excelência o aluno. Caso contrário, nós não prestamos para estar na vida pública”, destaca.

“É assim que encaro esse desafio, como uma grande causa. E venho para cumpri-lo com obstinação, humildade e coragem. Servir ao povo do meu Estado através da Educação para mim é uma grande honra”, completa.

Márcio França, governador de São Paulo, entende que Cury possui as habilidades e experiências necessárias para o cargo. “Ex-prefeito de Botucatu, advogado, foi presidente da FDE. Uma pessoa muito competente, muito rápida, uma pessoa com alta capacidade de liderança, e eu tenho certeza que vai ser um grande secretário da Educação, rede importante e com excelentes profissionais que nós temos”, afirma.

Nascido em Botucatu, Cury é formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Campinas, e especialista em Direito Tributário pela Universidade de Bologna, na Itália. De 2009 a 2016, período em que foi prefeito de sua cidade natal, Botucatu teve sua gestão reconhecida por diversos prêmios como o “Município Verde Azul”, “Mário Covas de Inovação”, “Município Amigo da Criança” e “Município mais seguro do Estado de São Paulo” (população acima de 100 mil habitantes).

Na área da Educação, de 17 de janeiro de 2017 a 5 de abril de 2018, foi presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), órgão responsável por viabilizar a execução das políticas educacionais definidas pela Secretaria da Educação.

Como presidente da FDE, foi responsável pela reestruturação administrativa do órgão, elaboração do Plano de Empregos e Salários, investimento em transparência com criação do site Fundação Aberta, execução de mais de 2 mil obras somando R$ 1 bilhão em investimentos; criação do Prêmio FDE de Arquitetura, entre outras iniciativas. Também foi responsável por uma ação inovadora, permitindo aos municípios participar das Atas de Registro de Preços da FDE para aquisição de produtos e serviços, que incluem kits de material escolar, suprimentos, veículos de transporte escolar, material esportivo, mobiliário escolar, utensílios de cozinha e obras.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo possui a maior rede de ensino do Brasil e da América Latina com 5,4 mil escolas, 198,6 mil professores, 44,9 mil servidores e 3,7 milhões de alunos dos ensinos FundamentalMédio e EJA (Educação de Jovens e Adultos).

 

Novo momento – Cury foi expulso do PSDB por ter aceito a secretaria que é vinculada agora ao governador Márcio França e assim não apoiaria o candidato do partido, João Dória, e em seu discurso o ex-prefeito de Botucatu deixou um lembrete sobre esse momento. “Assim como sonho em ver o nosso governador Geraldo Alckmin ocupando a presidência da república. Às vezes me pego imaginando o que vocês dois juntos, dois grandes amigos, um na presidência e outro no governo do estado, poderão contribuir ainda mais pelo desenvolvimento do nosso estado”.

Aceito ser liderado sim, escravo nunca. Há 400 anos antes de Cristo já dizia Eurípedes: “é escravo aquele que não pode dizer o que pensa”. Dizem que o poder cega, enebria, ensurdece, não creio. Já me convenci que não é ele que corrompe o homem. O poder não é perigoso. Perigoso é o seu exercício por homens egoistas e vaidosos, vítimas de apoteose mental ou do culto à personalidade. Vou continuar lutando. Como dizia Sócrates: “o segredo da mudança não é o foco na luta contra o velho mas na construção do novo”.

 

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(com assessoria)

 

 

DISCURSO DE POSSE:

Queridos amigos e amigas.

Agradeço do fundo do meu coração as demonstrações de apoio e carinho em razão de minha posse como secretário de estado da Educação. Saber que posso contar com vocês me tranquiliza e estimula a enfrentar o grande e honroso desafio que me foi colocado pelo governador Márcio França. Farei de tudo para não decepcioná-los.

Aqueles que não tiveram a oportunidade de estar conosco na cerimônia de posse, compartilho a íntegra de nosso discurso.

Beijo no coração de vocês!

Boa tarde a todos e a todas!

Antes, porém, quero cumprimentar as seguintes autoridades….
Permita-me Senhor Governador quebrar o protocolo, para chamar aqui neste palco ao meu lado, a minha amiga e companheira de caminhada a Professora Cleide Bochixio que será a minha secretária adjunta a quem eu peço uma salva de palmas.

Aqui um rápido parênteses: Eu que fui prefeito por oito anos quero aqui dizer aos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, que vocês terão na nossa gestão o maior respeito e deferência possível. Lá na FDE nós colocamos um mantra: que era estender o tapete vermelho para os nossos prefeitos.

Agora na secretaria e por determinação do nosso governador, portanto, com mais razão ainda, seguiremos reconhecendo a indispensável participação de vocês nos grandes desafios que temos na educação. Parceiros estratégicos e indispensáveis, tanto do ponto de vista da gestão como político. Quero que vocês enxerguem a nossa casa como a extensão do gabinete de vocês para o que precisarem.

Prefeitos quando vem a São Paulo é para resolver problemas dos seus municípios, buscar parcerias com o estado para atender às necessidades da população e vocês terão na Secretaria uma parceira de portas e corações abertos para enfrentarem os desafios dos seus municípios. Não sei se vamos conseguir atendê-los em tudo mas podem ter certeza que nos desdobraremos para atender às demandas das suas cidades da melhor forma possível. Preto no branco, sem enganação. O que for possível faremos e aquilo que não for nós não vamos ficar enrolando vocês. Contem comigo. Vocês continuarão tendo em mim um irmão.

Com o mesmo compromisso e carinho me dirijo e proponho a mesma relação com os secretários e secretárias municipais de educação. Nossos objetivos são os mesmos. Estamos do mesmo lado do balcão. Educação se faz com grandeza, em regime de colaboração. O aluno não é do estado ou do município; o aluno é nosso. Vamos juntos!

Na pessoa de minha mãe, Dona Erô, agradeço a presença de amigos e familiares que vieram de longe prestigiar este momento tão especial na minha vida. A vocês a minha eterna gratidão. Aprendi com Rachel, minha esposa, que gratidão a gente carrega no coração e, espero, de coração, retribuir a vocês todo esse carinho e apoio e nunca decepcioná-los. 
Agradeço, nas pessoas dos meus queridos amigos Luiz Sobral e Fernando Padula, todos aqueles que me incentivaram a aceitar este convite e me fazem entender a política como a arte de aceitar, conviver e relacionar-se com o outro em todas as suas dimensões.

Quero cumprimentar e agradecer em especial aos meus novos amigos, colaboradores da Secretaria da Educação, que pelo carinho e apoio na minha chegada tornam mais fácil essa mudança de vida e o enfrentamento desse novo desafio. Agradeço também aos meus queridos amigos da FDE, essa incrível e importante fundação do estado de São Paulo, pelos grandes momentos que passamos juntos. A vocês a minha eterna gratidão.

Cumprimento de forma muito especial e carinhosa o nosso governador do Estado de São Paulo Márcio França. Na minha curta vida pública tive a oportunidade de conhecer muitos personagens e poucas personalidades. E das poucas personalidades que conheci me salta aos olhos o espírito público e os ideais absolutamente republicanos deste grande homem público. Homem leal, não só aos seus princípios e valores, mas durante os últimos anos leal ao nosso grande Governador de São Paulo Geraldo Alckmin. A lealdade governador não é um atributo que se permite conhecer as pessoas apenas nas suas práticas políticas, é muito mais do que isso: ela é o espelho do caráter.

Agradeço, Governador Marcio França, o honroso convite que me foi feito. O recebo e aceito com o sentido de missão. Quero que o senhor saiba que terá em mim um companheiro de primeira hora. Motivado no cumprimento da tarefa de melhorarmos ainda mais a educação do estado de São Paulo. E mais do que isso: estou absolutamente comprometido com a missão de fazê-lo estar nessa mesma cadeira no dia 1º de janeiro de 2019, como governador reeleito do estado de São Paulo. Assim como sonho em ver o nosso governador Geraldo Alckmin ocupando a presidência da república. Às vezes me pego imaginando o que vocês dois juntos, dois grandes amigos, um na presidência e outro no governo do estado, poderão contribuir ainda mais pelo desenvolvimento do nosso estado. Com ética e princípios republicanos vou me desdobrar para transformar esse sonho em realidade.

Governador, quando muitos estão se preparando para o fim, nós estamos nos preparando para um novo começo. Do ponto de vista da gestão e do trato da coisa pública, digo da mesma forma que disse ao Governador Alckmin, que espere de mim sincera e absoluta lealdade aos princípios e valores que norteiam esta administração e fazem este grande governo ser o que ele é.

Quero cumprimentar e agradecer o nosso sempre secretário de Estado da Educação, grande homem público, por quem tenho uma grande admiração, Professor José Renato Nalini. Como aprendi neste último com o senhor, professor Nalini! Peço publicamente desculpas se eventualmente não atendi todas as suas expectativas, mas durante todo o tempo que estivemos juntos procurei fazer o meu melhor, dentro das minhas limitações, que reconheço não são poucas.

Permitam-me trazer a vocês algumas palavras de cunho pessoal, político e educacional. É assim que vou me reportar a vocês, nesta tarde de outono. Meus queridos, em 1994 ingressei no movimento da igreja católica chamado TLC (Treinamento de Liderança Cristã). Ali tive um forte e muito pessoal encontro com Cristo. Foi ali a minha escola de vida. As aulas teóricas e práticas de humanismo, solidariedade, generosidade, tolerância, amizade, coragem, eram as que eu mais gostava. Desde então, procurei pautar a minha vida por esses valores.

Ali aprendi sobre talentos, vocação e aprendi sobre realização, não só a profissional, mas acima de tudo pessoal. Aprendi sobre a importância de receber e ouvir o chamado. E ao ouvi-lo, aos poucos fui me encontrando com meu destino. Me entreguei de corpo e alma à causa pública, à política, ao servir. Decisão difícil, complexa que deve ser tomada com grande senso de responsabilidade e disponibilidade. Passei então a tentar compreender esse novo mundo que se descortinava a minha frente.

Procurei compreendê-lo com espírito público, que, para mim, nada mais é que um exercício diário, da nossa capacidade cotidiana de nos colocarmos no lugar do outro, de enxergar o outro, em todas as suas dimensões, de sonhar os seus sonhos, sofrer as suas dores e lutar as suas lutas. Foi dessa forma que procurei construir a minha trajetória política, com erros, acertos e dúvidas, muitas dúvidas… Só uma certeza: um enorme e incorrigível gosto por gente. É nas pessoas que reconheço a grandeza da obra do Criador.

Como todos, também tenho as minhas encruzilhadas. A vida pública nos impõem riscos constantes, oriundos de escolhas diárias, muitas delas intransferíveis e impostergáveis. Nos últimos dias, mais uma encruzilhada apareceu no meu caminho. Não era mais uma escolha. Era uma dessas que exige de nós muita reflexão, um mergulho no mais íntimo e profundo do nível de consciência que cada um de nós se encontra. Um lugarzinho, muitas vezes, pouco frequentado, o qual, particularmente, chamo do eu inviolável, essencial.

É aquele lugar onde se ouve a voz amorosa e mansa do pai e da mãe, que quando criança lhe transmitiam valores e princípios que eles reputavam importantes e que, certamente, não gostariam que quando adulto você os negociasse. Mergulhei corajosamente, refleti e decidi pelo lado do coração. Resolvi ficar com as ideias nas quais acredito, com aquilo que me dá sentido para continuar.

Arriscado, é claro! A coragem e o risco invariavelmente caminham de mãos dadas. Gosto muito das palavras de Churchill que afirmava ser a coragem a primeira virtude de um estadista. Porque sem ela todas as demais desaparecem na hora do perigo. Dr. Ulisses, ao reforçar a tese decretou: “há momentos em que o homem público tem que decidir, mesmo com o risco de sua vida, liberdade, exílio ou impopularidade. A liderança é um risco e quem não o assume não merece esse nome”.

Assim decidi, com base em princípios e valores que para mim são inegociáveis. Para mim política e caráter são coisas indissociáveis. Aprendi na minha curta vida pública, que o político de caráter é fiel às ideias e não a carreira. Posso ser expulso e perseguido, mas não renego as minhas ideias e não perco a vergonha.

Decisão difícil…

Mas, nos últimos dias a paz chegou ao meu coração. Tive a certeza de que fiz a escolha certa. Principalmente por saber que ninguém pode tudo e, sobretudo, que ninguém pode sempre. Prestem bem atenção no que vou dizer aqui pra vocês e me valho mais uma vez das palavras do velho Ulysses: “A verdade não desaparece quando eliminada a opinião dos que divergem. A verdade não mereceria esse nome se morresse quando censurada”.

Aceito ser liderado sim, escravo nunca. Há 400 anos antes de Cristo já dizia Eurípedes: “é escravo aquele que não pode dizer o que pensa”. Dizem que o poder cega, enebria, ensurdece, não creio. Já me convenci que não é ele que corrompe o homem. O poder não é perigoso. Perigoso é o seu exercício por homens egoistas e vaidosos, vítimas de apoteose mental ou do culto à personalidade. Vou continuar lutando. Como dizia Sócrates: “o segredo da mudança não é o foco na luta contra o velho mas na construção do novo”.

É claro que tenho sonhos e projetos para o futuro. Quem não os tem? Mas, com coragem eu vos digo, por enquanto, o meu caminho é a estrada do agora. A disputa eleitoral é vibrante, desafiadora. Vencer uma eleição é sempre muito gostoso e gratificante. Já venci algumas, mas confesso que nada se compara a estar engajado numa causa, a qual você acredita, ser realmente transformadora. Nunca disputei uma eleição para ter mais um troféu na prateleira. Disputo eleições quando tenho causas e ideias a defender e projetos a realizar. E não as disputo, quando encontro em pessoas, as quais acredito, ideias e causas que me fazem sentido e pelas quais vale a pena lutar.

Na minha atividade política, tenho encontrado na Educação, nos últimos anos, uma verdadeira paixão. Uma causa, que não é só minha, mas, que a cada dia que passa, tem se transformado numa causa pela qual sinto que vale a pena lutar, inclusive, ao custo de sacrifícios e renúncias pessoais. Pude sentir nos últimos anos o grande poder transformador que a educação pode proporcionar na vida das pessoas. Uma vez picado por esse mosquitinho é difícil não se tornar um missionário dessa importante causa. É assim Governador, que encaro este desafio. Como uma grande causa. E venho para cumpri-lo com obstinação, humildade e coragem.

Servir ao povo do meu estado, através da Educação, é para mim uma grande honra. Nas últimas décadas a história da Educação dos paulistas se transformou completamente. Tivemos importantes avanços. A educação pública há 40 anos era para poucos. A universalização até então distante, tornou-se realidade. Hoje, em São Paulo, 98,5% das crianças de 6 a 14 anos estão na escola. 88% dos jovens de 15 a 17 anos estão na escola. No Índice de Desenvolvimento da Educação Básica que mede a qualidade do ensino público em todo o Brasil, o estado de São Paulo está em primeiro lugar do país em todos os ciclos, do fundamental até o ensino médio. Somos o segundo estado com a menor taxa de abandono escolar no ensino médio do país.

Portanto, o desafio de colocarmos os alunos dentro da escola foi cumprido. Não há que se falar em qualidade sem equidade. Mas não basta. Reconhecemos o muito que se fez, e somos cientes que ainda há muito para ser feito. A escola comum, tradicional está cada vez mais distante do interesse e da curiosidade do aluno. A nossa missão é tornar a sua frequência mais interessante, gostosa e atrativa. Para isso é importante nos afastarmos de conceitos pré-concebidos que não nos deixam pensar no enorme leque de novas práticas e métodos, aliás, muitos de eficácia já comprovadas e que precisam com agilidade e rapidez serem implementados.

Não se trata de ruptura alguma com aquilo que já vem acontecendo. Em política educacional não há nada pior do que a descontinuidade das políticas existentes, exaustivamente estudadas e discutidas e que já demonstraram resultados eficientes e que estamos no rumo certo. Não temos a pretensão de querer reinventar a roda. Apenas dar espaço às novas ideias para que elas possam aprimorar e aperfeiçoar o processo de ensino e aprendizagem que estamos oferecendo aos nossos alunos.

Precisamos trazer o sentir para a escola, ou melhor, o fazer sentido. A escola deve fazer sentido para aqueles que com ela se relacionam. A ideia baseada nos pilares do pensar e fazer já não atende mais as nossas necessidades. Para os jovens de hoje é imperativo o sentir, o fazer sentido, o significar. Para que isso aconteça precisamos preparar toda nossa rede para essa nova experiência. A valorização e o reconhecimento dos nossos educadores, um processo sério e permanente de formação e capacitação dos nossos colaboradores, aliados a um material didático adequado, com recursos inovadores, são requisitos imprescindíveis para que os resultados sejam alcançados.

Na valorização da carreira vamos trabalhar muito para em pouco tempo aplicarmos as prova de desempenho REF A 2017 e a prova de evolução funcional. Viabilizar a progressão dos integrantes do quadro de apoio escolar. Vamos ampliar ainda mais o diálogo com a nossa rede instituindo uma comissão permanente com representantes da comunidade escolar e dirigentes, ouvindo e promovendo soluções conjuntas com os diferentes segmentos. Vamos buscar novas tecnologias para agilizar e promover investimentos para agilizar o atendimento das demandas de infraestrutura física e tecnológica das escolas e diretorias regionais. Fortalecendo e reconhecendo a FDE como a nossa principal e estratégica parceira. 
Como se sabe, há uma série de mudanças e propostas em curso, decorrentes de novos marcos legais aprovados pelo Congresso Nacional. A ideias estão apresentadas, agora precisamos colocá-las para funcionar. Enfim, trabalho não nos falta.

Posso lhes assegurar que São Paulo estará na vanguarda das suas implementações. Quem me conhece sabe que não vou me render aos padrões de gestão que transformam a máquina pública num monstro lento e pesado que não é capaz de prestar um serviço público ágil, eficiente e de qualidade para a nossa população. Na educação, assim como, nas demais áreas da administração temos que ser criativos para buscar soluções inovadoras que venham facilitar, desburocratizar e destravar o bom andamento da máquina. Nesse ponto serei um incansável militante em busca de novas práticas de gestão e tecnologias, que possam gerar menos desperdício de tempo e dinheiro e possa melhorar a prestação do serviço na ponta.

Estou cansado de reuniões enormes e cansativas que só visam os interesses da burocracia e que a palavra aluno não se é pronunciada uma única vez. Me desculpem, mas se não por eles e com eles podemos pegar o nosso chinelinho e irmos embora pra casa, sua excelência o aluno, caso contrário, não prestamos para estar na vida pública.

Não é tarefa fácil, eu sei. Mas se quisermos melhorar a prestação do serviço público temos que buscar um novo perfil de atuação, com mais pró-atividade, disponibilidade, firmando um novo pacto de vontades e compromissos. Vamos fazer sem medo de errar. E é claro que podemos errar, onde está o homem está o erro, e o erro é o dramático preço da evolução rumo à verdade.

São eles que nos conduzem ao triunfo da libertação humana. Quanto não se ensaiou e errou com a descoberta da roda que libertou o homem do tempo e espaço. Quanto não se ensaia e se erra na agricultura para libertar o homem da fome, com a medicina da doença. E eu pergunto a vocês: quanto não se ensaiou e errou na educação para libertar o homem da ignorância, do fanatismo, do sectarismo, e todas essas formas de diminuição da nossa condição humana. E ainda assim, vivemos constantemente com a chaga da intolerância.

O ensaio e o erro são métodos da ciência. Conta a história que quando diziam a Thomas Edison que sua invenção era pura inspiração ele se irritava respondendo que era fruto de muita transpiração, de abnegada superação de fracassos e frustrações.

Vamos trabalhar pela Educação com o sentir, com criatividade, com comprometimento, pensando sempre naquela mãe que compartilha conosco o futuro do seu filho. Aquela mãe esperançosa que um dia vai descansar sabendo que o seu menino ou a sua menina terá, finalmente uma sorte muito melhor que a dela.

O Brasil não pode continuar entre parênteses. E se está é porque continuamos fazendo as mesmas coisas e esperamos resultados diferentes. Está cada dia mais provado e comprovado que não é só pela técnica, muito menos pela direita ou pela esquerda, ou qualquer definição que se pretenda dar que vamos encontrar o nosso destino de uma nação livre e emancipada.

Para mim, de coração, é no outro, na nossa capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, com humildade, generosidade, solidariedade, tolerância e respeito é que vamos, juntos, construir uma sociedade mais justa, livre e que com igualdade de oportunidades a todos.

O homem – só ele -, é o metro do desenvolvimento, que se mede pela qualidade de vida que usufrui e não pela quantidade de bens que possui. Vale aqui lembrarmos as palavras do Senhor Diretas: Ulysses Guimarães e com elas encerro a minha fala: “A grandeza do homem é mais importante do que a grandeza do Estado. A felicidade do homem é a obra prima do Estado”.

Meus amigos é a hora da grandeza, vamos vivê-la. É a hora da coragem. Deus nos abençoará para que a tenhamos.

Muito obrigado.

Redação 14 News

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