24 de abril de 2024
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Pedagoga conta como a sua vida se transformou com a chegada da filha autista

A Pedagoga Kelly R. Menegon, 40, viu sua vida se transformar há nove anos, quando deu à luz a Rafaella.

“Sempre sonhei em ser mãe e, naturalmente, ela se tornou uma criança muito esperada por toda a família. Meus pais estavam ansiosos pela neta. A gravidez foi um susto, não foi planejada, descobri com quatro semanas, tive uma ameaça de aborto, placenta descolada, e depois uma gravidez muito tranquila. A Rafa nasceu grandona, com 51 cm e 3.170kg. O desenvolvimento enquanto ela era bebê foi aparentemente normal. Sentou, engatinhou, andou no tempo normal. A fala não vinha, nenhum tipo de imitação, gestos. Achamos que eram mimos por ficar com os avós.

Colocamos então na escolinha com dois anos e cinco meses, onde ficou uma semana em adaptação onde a diretora me chamou e disse que tinha algo diferente na Rafa para procurar uma neuropediatra.  Foi ai que já veio o resultado que a Rafa tinha Autismo. E já foi indicado profissional que pudesse ajudar minha filha. Fonoaudiólogo, psicóloga, terapia ocupacional… A Rafa já fez de tudo um pouco. Consultar uma psicóloga ajuda a lidar com situações completamente desconhecidas como essa. É difícil sair de um luto sozinha. Alguém precisa te mostrar a luz no fim do túnel.

Ser mãe de um autista é um processo solitário Assim que o diagnóstico chega, você deixa de ser uma mãe comum e se torna a ‘mãe especial’, aos olhos dos outros. Aquela que ‘tem uma força fora do normal’ e foi ‘predestinada a essa função’. As pessoas me olham com dó. Já cheguei a ouvir que ‘Deus não dá um fardo mais pesado do que se pode carregar’. É preciso parar de romantizar a maternidade de modo geral. Muita gente, sem saber como agir, se afasta. Perdi amigos que não sabiam o que falar naquele momento difícil, e essa uma situação pela quais muitas mães passam. Se mostrar solícito e se fazer presente é tudo o que a gente precisa. Essa sensação só se reverteu com a rede social, onde encontrei muitas mães, avós, grupos etc.

Rafaella foi para escola regular onde começaram os meus problemas: mudanças e mais mudanças, até encontrar uma escola acolhedora muito determinada a caminhar comigo e adaptar a Rafa. Diretora, professoras e auxiliares todas sempre carinhosas e atenciosas. Foram os melhores três anos que a Rafa passou, participava de tudo passeios, danças, apresentações. Mais resolvi mudar a Rafa para uma escola maior, com poucos alunos e que ficasse até o colegial, mas a Rafa não se adaptou ficou dois anos onde houve muitas intercorrências. Então resolvi procurar a APAE e graças a Deus foi a melhor coisa que fiz. Eu não tinha preconceito com a APAE, mais como a Rafa não teve problema em escola regular e tinha que esperar vaga na APAE, optei por continuar em escola regular e não foi a melhor opção.

Rafaella está na APAE desde 2017 e é outra criança, vai feliz e volta feliz. Sempre pesquisei, estudei fiz cursos sobre o assunto se tem algo sobre autismo lá vou eu.

Um dia recebi uma mensagem no celular de uma pessoa chamada Priscila me convidando para uma reunião no dia 12 de setembro de 2018. Doze pessoas apareceram e, resolvemos convocar uma Assembleia Pública de Fundação, que aconteceu no Auditório La Salle no dia 3 de outubro de 2018. “Hoje temos cento e três pessoas presentes na nossa Associação Portas Azuis.” (Por Priscila Ronchetti e Luciano Devide) onde faço parte da associação como Diretora de Difusão e eventos.

Se você tem interesse em conhecer melhor e/ou participar da “Associação Portas Azuis – Autismo em Ação” e se tornar um membro entre em contato conosco!

Será um prazer tê-los conosco. A união faz a força!

Contatos: (14) 99762-2928  
www.facebook.com/portasazuis 
associacaoportasazuis@gmail.com

 

                                                                                                                            

Redação 14 News

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